quarta-feira, 27 de abril de 2011

Acerca da aflição

Peço licença para despedir-me de alguns valores outrora tão importantes, que devido as dificuldades ficaram no meio do caminho. Muitos jamais compreenderão, eu sei! Mas é impossível agradar a gregos e troianos, não é mesmo?
É estranho porque no momento em que escrevo, estou sentada na sala da minha casa, o computador no colo, e na alma uma aflição insuportável. É impossível continuar!
Entretanto, alguém se importa? Ninguém!
Todos entretidos demais com suas próprias vidas, para se darem conta de que talvez um único gesto possa ser suficiente.
Nossa sociedade está impregnada de discursos moralistas que rezam o amor, a solidariedade e a esperança, mas no fundo, ninguém está disposto a deixar, por um segundo sequer, os seus afazeres para estender a mão. Repito: esquecem de que às vezes uma palavra basta!
E no final de quem é mesmo a culpa?
E, se por acaso estes valores defendidos tão admiravelmente, são deixados de lado, e que seja o caso de dar um passo em falso, então, um milhão se levanta a sua direita e outro milhão a sua esquerda. Não ligam para justificativas, só querem dar a sua singela opinião e lembrar que você os traiu e magoou, e está completamente equivocado em suas escolhas.
Já não se lembram das trangressões vivenciadas em casa, aprendem a conviver com suas consciencias também culpadas.
Suportam tudo, menos os erros dos outros!
Perdoem-lhes porque eles não sabem o que dizem.
Talvez a única que saiba alguma coisa nessa história toda seja eu.
Afinal, fui eu que chorei aquelas lágrimas que ninguém enxugou e vi minhas esperanças escorrerem pelo ralo. Fui eu, SÓ EU, que senti as conseqüências de um viver sem forças, para de novo acreditar. Eu que passei madrugadas em claro tentando entender a razão de tantos espinhos... E não obtive respostas.
E se mesmo assim, ainda não fores capaz de me compreender, então lhes reservo o direito de me julgar.
E com a medida que achardes necessário, porque o fim vem!